
A voz da China
Leio a última Reflexão de Fidel Castro na qual ele informa que nos EUA a abertura das Olimpíadas não foi transmitida porque a mídia de lá preferiu mostrar a invasão da Georgia na Ossétia do Sul, que, a comando do Pentágono, foi iniciada exatamente na mesma hora. O governo dos EUA é capaz de desatar uma guerra só para impedir que o seu povo possa conhecer o Poema da Liberdade (v. Gazeta 56). Os chineses sabem que o poder de um poema pode ser maior que o das armas. Parece que os EUA começam a entender essa verdade, mas o problema deles é que só sabem usar as armas. EUA-Europa-Israel & Lacaios (segmento menor da humanidade que reúne o poder dos desesperados e que se autointitula “Ocidente” ou “Comunidade Internacional”) provocam guerras contra países que não se aceitam seus lacaios e chantageiam a humanidade com o holocausto nuclear, arrogando-se no direito de cometer todo tipo de barbárie e atrocidades contra os povos do mundo. Entraram agora num impasse com o poder da nova Rússia (que voltou a ser a Rússia histórica, a mesma que derrotou o “Ocidente” de Napoleão e de Hitler). O impasse não deve durar muito. Assim que terminarem os Jogos Olímpicos, também entrará em cena a voz da China. Aguardem.
Amaxon - um vídeo de cinema
“O cinema vem do teatro e o vídeo vem do rádio, da televisão. (...) Amaxon é pura poesia. (...) É quando penso em cinema de arte, experimental, revolucionário, em Falstaff, de Orson Welles, e outros filmes desconhecidos, mas que ainda nos deixam extasiados na magia transcendental do oculto de novo experimentado. (...) É como ouvir novamente Villa-Lobos, Guarnieri e outros bons compositores que enchem de arte de primeira o sentimento de quem quer ouvir o canto sempre novo de suas músicas repletas de nossas melhores imagens. (...) No mundo real a intuição dos gênios e a beleza das artes são controladas pela barbárie do dígito e pela desinformação do texto. (...) Amaxon é a novidade que fala e mostra o que você precisa ver e ouvir. Em breve! (montagem livre da Gazeta sobre texto enviado pelo cineasta José Sette, a título de trailler textual)
Viagem a Caxambu
A Gazeta recomenda esta linda cidade mineira, das mais célebres do nosso Circuito das Águas, com ênfase nos dias 11, 12 e 13 de setembro próximo. É quando lá, no Palace Hotel, vai rolar o 10º Encontro Nacional dos Escritores, cujo programa reúne mestres da pena e do teclado/PC de tudo quanto é canto. São tantos nomes, de cabeças brancas a cabeças raspadas, que só vendo a programação: http://www.amagmunicipios.com.br/. É produção independente, sem grana pública nem privada e fora-da-lei (de Incentivo Cultural), afirmam os organizadores. Se der, a Gazeta estará lá, fazendo mais furos de reportagem, coisa que é fácil hoje em dia graças à “grande imprensa” furada que, além de encher o saco, não publica nada que interessa.
Escola de Samba Unido$ do Poder
Empreiteiros, imobiliárias, prefeitura e polícia “unido$ de BH” baixaram no barracão da Escola de Samba Cidade Jardim com o papel do “sô juiz” mandando despejar meio século de história gloriosa da cultura popular do município. O pau comeu. Li, o presidente da Associação de Sambistas da Escola, teve ordem de prisão – teje preso! - por resistir aos homi. Chegaram com tudo: máquinas, caminhões e camburões, prontos pro que desse e viesse e comandados pela assessoria política do atual prefeito petucano. Uma vergonha, um papelão! Acudiram, ao lado do povo e da comunidade do bairro, os candidatos Sérgio Miranda (único candidato a prefeito de oposição popular ao statu quo eleitoralmente viável) e Yé Borges (vereador). A TV Comunitária gravou tudo.
Descarrego do baixo astral
Fredera, outro ciber-hiper-censurado que não está cobrindo as olimpíadas na China, retoma as virtudes de seu talento musical e deu uma bola legal na Bossa Nueva, casa noturna badalada da capital de São Paulo. É isto aí, Fredera! E, tendo como parceiro musical instrumental Osmar Barutti – aquele do Jô, que toca mesmo é quando não está no programa –, mais o baterista Marcedo Mader e o baixista Mut (sobrinho do Lupiscínio Rodrigues), Fredera deu uma boa aliviada no baixo astral alfenense-jurídico-censor, porém, sem sensor de sensibilidade democrática e civil. Fredera disse à Gazeta que tem estudado muito e se sente no ponto para retomar sua carreira musical. Mais um furo na conta da nosso modesto veículo alternativo e uma bela notícia para fechar a edição de hoje.
Abraços
Mario Drumond
Revisão: Frederico de Oliveira (para quem curte textos bons e bem escritos, recomendo o blog de Frederico – O Apito - no endereço http://www.thetweet.blogspot.com/)
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