Coleção completa por Volume (anual)

Gazeta em forma de e-meio 7 (6/10/2007)

Segue o acordo humanitário na Colômbia

Como me referi na Gazeta 1, avança o rolo compressor da história posto em marcha por Hugo Chávez na direção do acordo humanitário entre as FARC - Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia e o governo títere daquele país andino. Álvaro Uribe, atual presidente da Colômbia, já vê apontando contra si peças poderosas do xadrez político que Chávez sabe manejar como ninguém. O assunto já é pauta diplomática e de política externa de todos os países das três Américas, inclusive os EUA, e de vários países europeus. Assim também, os povos do mundo e os mais expressivos movimentos sociais libertários já se manifestam em apoio ao sucesso do empreendimento, até há poucos meses considerado impossível.

Recordando, já que a mídia brasileira parece ser a única a não dar importância a esse processo histórico tão decisivo para a paz mundial e para todas as nações sulamericanas, além de centrado bem na nossa vizinhança, o acordo tem por meta final a pacificação da Colômbia, único país latino-americano em que permanece a luta armada, pela integração do movimento guerrilheiro FARC ao jogo político legal e democrático, desarmando os dois lados, e permitindo ao povo colombiano a decisão soberana de quem deverá governá-lo.

Desde que Chávez assumiu a mediação - a convite da senadora colombiana Piedad Cordoba, incansável militante da solução do imbroglio, que já dura meio século - ficou estabelecido que o processo se daria em três etapas. A primeira foi resolvida com sucesso pela devolução às famílias dos cadáveres dos 11 deputados colombianos reféns das FARC que foram mortos em desastrada tentativa de resgate levada a cabo por forças do governo.

A segunda, que agora se adianta a passos firmes, será a troca dos cerca de 50 reféns mantidos pelas FARC, entre eles três agentes do governo dos EUA e uma celebridade política de naturalidade francesa-colombiana, por quase 500 guerrilheiros mantidos em cárceres do governo, dois deles, que são líderes importantes do comando das FARC, cumprindo pena em prisões dos EUA.

A terceira e última, será a pacificação do país através de um acordo seguro entre os dois lados a ser conseguido de modo a não se repetirem as frustrações do passado, numa das quais 300 guerrilheiros das FARC foram assassinados tão logo depuseram as armas.


Lula e os livros

É conhecida a aversão do nosso presidente aos livros. Já disse uma vez que não tinha tempo para eles. Parece que nunca leu nenhum e foram vãs todas as tentativas de aplicá-lo no bom vício. Dizem as más línguas que para o presidente os livros funcionam como um soporífero, e ele ferra no sono mal chegando na página três.

Mas isto não impede de que ele promova a leitura de livros junto ao povo querido e amado, eis que, num rompante, anunciou que vai gastar uma nota preta comprando quilômetros de lombadas de livros para bibliotecas públicas que pretende instalar no país todo, com ênfase nas regiões pobres e paupérrimas, inclusive favelas e periferias urbanas.

Este gazeteiro dá a maior força para uma iniciativa dessas mas observa que, antes, é necessário que se cumpra um pré requisito básico: para ler livros é preciso que as pessoas aprendam a ler.

E outra: em quarenta anos de neoliberalismo avassalador, a saúde das pessoas em geral, e das pobres e paupérrimas em especial, foi seriamente atingida. As experiências bem sucedidas de alfabetização na Venezuela e na Bolívia, com apoio de Cuba, demonstraram que antes de ensiná-las a ler é preciso resolver os graves problemas de saúde delas. Não é possível aprender a ler sem ter a visão mínima, eis o motivo da famosa Missão Milagro, que promove a operação gratuita de cataratas e outros distúrbios oculares (só na Venezuela fazem cerca de 300 mil intervenções por ano, quando antes só se faziam 5 mil, caríssimas, em clínicas privadas), além de receitar e distribuir óculos e lentes de contato para a população. Além do mais, para se ter saúde, é preciso que se coma bem, do ponto de vista nutritivo. Pesquisas recentes informam que o Brasil é o único país do mundo em que a população pobre tem problema de colesterol e de subnutrição ao mesmo tempo.

A Venezuela tem sido o maior campo de experimentação da tecnologia cubana desenvolvida para resolver todos esses problemas, que vão do atendimento médico pessoal e local, casa por casa, barraco por barraco, até a questão da nutrição e da soberania alimentar, para, enfim, ter as pessoas numa sala de aula. Exércitos de médicos e professores cubanos estão agora treinando e formando os profissionais de lá, e de vários outros países como Nicarágua, Bolívia, Equador e alguns países africanos, num programa fenomenal de ajuda na reconstrução das infra-estruturas sanitária, educacional e social que foram desmanteladas durante os governos videofinancistas neoliberais.

Portanto, se o novo projeto livresco de Lula não tiver apoio em tais pre-requisitos, somos levados a desconfiar que não passam de lobbies bem estruturados de fabricantes de papel e de grandes editoras, os quais, além da penca de burocratas que se fará necessária para “administrar” as novas “bibliotecas públicas”, serão os únicos beneficiados do projeto.

Alô, Lula. Dá um alô pro Fidel e pro Chávez. Eles já sabem como resolver a parada e não hesitarão em nos ajudar. Depois, que venham as bibliotecas, aos montes.


O edifício que caiu de susto

Cada vez mais enrolado o caso do 11 de setembro de 2001, em Nova York. A ciência, a engenharia e a arquitetura se recusam a dar respaldo à versão oficial que atribui autoria ao grupo heavy metal “Bin Laden e seus mulsumanos suicidas”, nas arábias conhecido como Al Qaeda, ao trágico show midiático que matou, na hora, cerca de 4 mil pessoas, e vem matando às centenas de milhares no Iraque e no Afeganistão. Os parentes das primeiras vítimas cercam os tribunais querendo explicações que ninguém dá e indenizações que ninguém paga. Dois aviões derrubaram dois mega-edifícios lá, mas aqui, no Aeroporto de Congonhas, um avião igual não foi capaz de derrubar um predinho de três andares. E lá teve ainda um terceiro super-edifício (o WTC 7) que caiu de susto e “por sorte” não havia ninguém dentro dele. Parece que todos os funcionários da firma que o ocupava, inclusive o pessoal do condomínio e da portaria, resolveram matar serviço naquele dia. A firma chamava-se CIA – Central of Intelligence Agence. Muito inteligente!


Abraços

Mario Drumond